Nossa
Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil, venerada na Igreja Católica.[1] Um título mariano negro, Nossa Senhora
Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica
de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo. Sua festa litúrgica
é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde que o Papa João Paulo II consagrou a Basílica em
1980. A Basílica é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo,[3] e é capaz de abrigar até
45.000 fiéis.
Aparição
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se
encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no
Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma.[carece de
fontes] A história foi primeiramente registrada pelo
Padre José Alves Vilela em 1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757,
registro que se encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo
Antônio de Guaratinguetá.[carece de
fontes] Segundo os relatos, a aparição da imagem
ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de
Almeida, conde de Assumar e
governante da capitania de São
Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba,[1][4] durante uma viagem até Vila Rica.[5][6]
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em
homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de
pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde.[1][4] Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e
Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus.[1][4] Após várias tentativas infrutíferas, desceram o
curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu.[6] Eles já estavam a desistir da pescaria quando
João Alves jogou sua rede novamente.[1][4] Ao invés de peixe, ele apanhou o corpo de uma
imagem da Virgem Maria sem a cabeça.[1][4] Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da
imagem,[1][4] que foi envolvida em um lenço.[5] Após terem recuperado as duas partes da imagem,
a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam
mais movê-la.[2] A partir daquele momento, segundo os relatos,
os três pescadores apanharam tantos peixes que foram obrigados a voltarem para
o porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar a embarcação deles.[7] Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem.[4]
[editar]Início da devoção
Durante os quinze anos seguintes, a imagem
permaneceu na residência de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se
reuniam para orar.[6][8] A devoção foi crescendo entre o povo da região
e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem.[6] A fama dos supostos poderes da imagem foi se
espalhando por todas as regiões do Brasil.[6] Diversas vezes as pessoas que à noite faziam
diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um
pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os
pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras
pessoas das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu,
que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.[6][8]
Assim sendo, por volta de 1734 o
vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no
alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745[6][8]. A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe
Pedroso, que não queria construi-la no alto do Morro dos Coqueiros, pois achava
mais fácil para o povo entrar na capela logo abaixo, ao lado do povoado.[carece de
fontes] Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale
do Paraíba, o então Principe Regente
do Brasil Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e
conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.[carece de
fontes]
O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834,
foi iniciada a construção de uma igreja maior
(a atual Basílica Velha),[6] sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888.[9][10]
[editar]Coroa de ouro e o manto
azul
Em 6 de novembro de 1888,
a princesa Isabel visitou
pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em
pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de
1868), uma coroa de ouro cravejada
de diamantes e rubis,
juntamente com um manto azul, ricamente adornado.
[editar]Chegada dos missionários redentoristas
Em 28 de outubro de 1894,
chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no
atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da
imagem para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.